quinta-feira, 24 de abril de 2008

Sobre o Créu...

[Eu não to vendo isso. Eu não to vendo isso. Eu não to vendo isso. Eu não tô...]
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Olha, eu não costumo gastar meu tempo escrevendo sobre músicas ruins, pois tento evitar a disseminação dessas pragas, mas... Ok. Eu me rendo e vou sim colocar a boca no trombone.

Eu admito eu gostava de funk. Funk de rua, funk do movimento, funk. Mas essas [desculpem o palavreado] merdas que vem agora sob o rótulo de funk me fizeram rever meus conceitos. Sob o gostoso ritmo funkeiro, letras pobres, sem sentido, vazias, inúteis e absurdas. Rabisco. Se tiver algum funkeiro da ultramodernidade perdido por aqui pode se inspirar no CH3, ok?

Sim... Estou enrolando... Vamos ser objetivos e ir direto ao ponto.

Créu. Credo, isso sim. Essa porcaria tá pior que Gripe Espanhola! Toda festinha, reunião, barzinho reserva um ou vários momentos especiais para tocar essa...

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
[Desculpem-me...]

Eu tentei. Juro. A primeira vez que ouvi essa "música" [não dá prá continuar sem as apas...] fiquei embasbacada, paralisada, horrorizada e, finalmente, envergonhada por mim e pelos que dançavam. Todos riam e se divertiam. E eu ficava cada vez mais depressiva. Minha festa acabou ali.
Desde então sempre que as primeiras batidas começam, eu começo uma vibração: "Não dancem. Não dancem. Não dancem." Claro. Não tem dado muito certo. E logo a vovó, a titia, a criança (pobre coitada já tão aculturada), a mamãe, o papai, o vovô, o priminho e o amiguinho estão disputando a velocidade Créu.
É a visão do inferno.
E eu não acredito no inferno.
...
Não acreditava. Agora eu o vejo em toda festa que ouso participar...
Crítica? Não... Apenas bom senso. Em doses cavalares. Please.

Dançar valsa na festa de 15 anos pode ser meio breguinha [eu diria antiquado, mas ainda bonito], mas trocar a tradicional valsa por um show dela, a aniversariante, com seu quinteto de amigas, vestidas na última moda a lá piriguetes, ao som do duvidoso Créu foi o maior absurdo que já vi na minha vida. Isso com Papai e Mamãe sorrindo orgulhosos e emocionados dianto do Show de Aberração promovido pela agora sua filhinha, agora já devidamente apresentada a sociedade como dançarina do Créu.

Lindo não?

Desde então tenho evitado festas e reuniões de amigos. Só saio pra teatro, Zoológico e cinema. E mesmo assim tomando precauções para evitar esse tal de... Créu...

Credo...
Simmmmm... [with my eyes closed and blue smile in my lips] você pode gostar de dançar Créu.
Só que, por favor, não tentem me convencer de que é bom. Eu gosto de dançar. Eu adoro dançar. Eu ignoro letras por um bom ritmo dançante alucinante, mas tudo tem limite. E acreditem: esse tal de Créu ultrapassou o meu.

Um comentário:

Guilherme disse...

Bem, o créu é o fim da picada mesmo. Nada tem solução enquanto houver o créu.

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