quarta-feira, 20 de junho de 2007

O X da Questão


O que faz de uma mulher um ser especial? Simplesmente, uma diferença em um dos cromossomos? Certíssimo estava o geneticista que denominou de "x" o cromossomo das mulheres e de "y" o dos homens. Sim, porque, pelo que eu me lembro de matemática, toda função de primeiro grau é escrita originalmente na forma y= ax+b, sendo a e b números constantes. Por exemplo, y = 4x+8. Y é dado em função de x. Somente achando-se x, pode-se determinar y. Ou seja, apenas descobrindo a mulher, o homem poderá se descobrir também.

Olhando por esse ângulo, a matemática pode ser considerada bela, poética... O x representa a incógnita. E o que seria a mulher senão uma incógnita? Seu jeito é incompreensível. E nem mesmo entre as próprias mulheres o entendimento é pacífico. Conheço amigas da minha namorada que não entendem o porquê de algumas ações dela.

Entendo perfeitamente bem que seres humanos são únicos, cada um com suas idiossincrasias, mas, a mim, parece que nós, homens, temos um padrão mais similar. Não viemos com manual de instruções, mas os nossos comandos parecem mais previsíveis. Vocês, não. Vocês vêm com manual de instrução - TODO EM ARAMAICO. Nós nos frustrarmos ao tentar descobrir seus mistérios por meio das reações, caras e bocas... E vocês ainda olham para nós como se fôssemos estúpidos quando não sabemos dizer o que vocês querem ouvir.

Talvez isso explique o fato das mulheres serem maioria nas salas de cursos como psicologia, ciências sociais e antropologia, enquanto que há uma superpopulação de homens na área de exatas: nós passamos a vida inteira tentando desvendar a incógnita "x".

Por Allan Cotrim

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